Legado da Copa de 2014 tem rastro de obras inacabadas, sonho do VLT e corrupção em Cuiabá

  • 13/10/2025
(Foto: Reprodução)
Esquema movimenta pelo menos R$ 640 milhões para financiar corrupção em Mato Grosso A maior derrota da seleção brasileira, no dia 8 de julho de 2014 no Mineirão, com a goleada de 7 a 1 contra a Alemanha, era um prenúncio da frustração que os cuiabanos passariam depois da Copa do Mundo daquele ano. Isso porque um dos "legados" deixados foram os casos de corrupção envolvendo as obras da Copa em Cuiabá. Um dos episódios mais marcantes tem nome e sobrenome: Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem de superfície movido a energia elétrica, que recentemente foi trocado pelo modal Bus Rapid Transit (BRT), um serviço de ônibus que usa corredores exclusivos. A TV Centro América fez uma cobertura especial e investigativa na época. Esta reportagem faz parte da série do g1 em comemoração aos 60 anos da Rede Mato-grossense de Comunicação (RMC), que relembra grandes coberturas realizadas pela TV Centro América. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias de MT em tempo real e de graça A obra do VLT custou mais de R$ 1 bilhão e foram demolidas poucos anos depois. Os 280 vagões que transportariam 160 mil pessoas por dia vieram da Espanha, avaliados em quase R$ 500 milhões, e foram preservados por um tempo pelo consórcio que implantaria o VLT. A construção da obra parou ainda no ano da Copa do Mundo, em 2014. Isso ocorreu depois que a Polícia Federal e o Ministério Público denunciaram corrupção e desvio de dinheiro. O então governador Silval Barbosa chegou a ser preso e fez delação premiada. Dos 22 quilômetros de trilhos previstos no projeto, seis já estavam prontos em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Agora quase tudo isso, segundo o consórcio responsável pela obra, foi jogado fora. Com a destruição, já são quase R$ 89 milhões desperdiçados só em trilhos, pelos cálculos do consórcio. Obras do VLT, em Cuiabá, podem não ficar integralmente prontas para a Copa de 2014. Josi Petengill / Secom-MT Na época, foi estimado que era necessário mais R$ 922 milhões para finalizar as obras. Em 2017, o governo estadual rompeu administrativamente o contrato, na gestão de Pedro Taques. O consórcio recorreu na Justiça e teve o recurso negado. Em 2020, o atual governador, Mauro Mendes, decidiu fazer a substituição do modal, de VLT para BRT, que era a escolha inicial do estado. Mas, desta vez, com ônibus elétricos. Na ocasião, o governo informou que a mudança para o BRT foi baseada em um estudo técnico. O caso foi parar na Justiça e, agora, a capital revive um passado não tão distante em se tornar, mais uma vez, um canteiro de obras, A previsão é de que o BRT seja concluído no segundo semestre de 2026. Para se ter uma ideia, um ano depois da Copa a capital ainda convivia com 19 obras inacabadas, sendo a principal delas o VLT. Na época, cerca de 40% do comércio que fica no entorno das obras foi prejudicado e amargou perdas nas vendas, já que o acesso dos consumidores estava interditado pelas construções. Esse receio também voltou à tona aos comerciantes, que já relatam queda de 36% no faturamento devido às obras do BRT que estão em andamento na capital, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Obras do BRT na Av. do CPA em Cuiabá Rogério Júnior/ g1 MT

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2025/10/13/legado-da-copa-de-2014-tem-rastro-de-obras-inacabadas-sonho-do-vlt-e-corrupcao-em-cuiaba.ghtml


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